O livro Descaminho, de Vander Vieira, começa propondo uma forma de ler: deixar as palavras escorregarem por entre os olhos, os sentidos, os saberes. Sua poesia, "composta/composição", abordará temas como o cotidiano, a palavra e o eu, mas, sobretudo, as ausências e seus afetos. Tais ausências não apenas atormentam o poeta, mas invadem seu corpo, chegando a impedir-lhe a visão e a dificultar o exercício da poesia. No entanto, seus textos despedaçam as engrenagens de seu próprio fazer-se, nos covocando a mais uma vez deixarmos escorregar a palavra, abrindo-nos ao amanhã que não se pode postergar. (Rafaela Scardino, Crítica Literária e Professora da Universidade Federal do Espírito Santo-UFES)
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