A abordagem da autora sustenta que o desaparecimento da alquimia foi um acontecimento inevitável diante da transformação da visão de mundo que lhe dava suporte e sentido. O homem alquímico se relacionava com a natureza apoiado em uma visão vitalista e qualitativa de mundo; já o homem químico se dirige a ela com um olhar mecanicista e quantitativo. Diante desse entrocamento entre visões opostas de mundo ocorre a ruptura, e não uma evolução da alquimia à química.
O eixo desta obra está, pois, alimentado por uma proposta que pretende, nas próprias palavras de Ana Maria Alfonso-Goldfarb: "reconhecer a formação do ideário alquímico dentro da visão de cosmo que lhe serviu de base e sustentáculo, para, a seguir, poder entender, com maior clareza, por que o esfacelamento deste modelo de mundo acarretaria o desaparecimento da alquimia como uma das formas de conhecimento da natureza. Em outras palavras, nossa tentativa será a de entender quais as razões históricas mais profundas que tornam inadequada a visão da química como uma aprimoramento moderno da alquimia".
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