Em sua segunda coletânea de versos, Midhi Paixão se insere na cena poética contemporânea, com a convicção de que convém dizer algumas de suas inquietações e expressar algumas de suas memórias e visões acerca do cotidiano, muito embora sem pretender sobre tudo isso ter a última palavra. Por isso o livro em aberto, uma vez que o que ele contém é um convite ao diálogo e à constante interação por parte de quem o ler. Em um movimento que parte de um mergulho na própria experiência, ela nos põe em cena quando convida-nos a refletir sobre nossos anseios de exteriorizar nossas vivências, a entender nosso jeito único de estar no mundo, a aceitar com tranquilidade a passagem do tempo e a finitude da vida e a valorizar as experiências pessoais em família, as interações com o outro, seja ele quem for. Não escapa à poeta a reflexão filosófica sobre o amor e sobre a espiritualidade em uma escrita onde o humor e a sensibilidade são a tônica.
Poemas, poesias