A maior originalidade desta incursão na história dos enfrentamentos entre a memória e o esquecimento do passado recente na Argentina está na escolha do cinema como um repositório de "fragmentos do imaginário social, das paixões e da psicologia coletiva", como "um importante documento", porque "os filmes, independentemente das intenções iniciais dos seus autores (...) fazem 'emergir maneiras de ver, pensar e sentir' (...) ao tempo que permitem que especulemos em sua narrativa os distintos enquadramentos que cada agora impõe à face do passado, bem como os tipos de desejos e afetos que são por eles percebidos e engendrados". Assinale-se também a fineza na utilização de categorias filosóficas e psicanalíticas na análise fílmica, bem como a cuidadosa contextualização das circunstâncias em que um certo número de filmes foi produzido ao longo de 26 anos (1985-2011).
Do prefácio de Jaime de Almeida.
Cinema / História