A poesia de Darcy França chama imediatamente a atenção do leitor pela quase obsessiva preocupação com o uso do hífen, utilizado na aproximação, na ligação e no paralelismo de palavras contrastantes ou complementares que se deixam documentar em todos os níveis de estruturação do livro, aparecendo nos títulos das partes que o compõem, nos títulos de alguns poemas e, de maneira realmente denunciadora, ao longo dos quarenta e dois poemas de seu livro.
É uma poesia despida de rumor acadêmico, uma poesia que não foi feita para ser mais uma, mas que tinha que ser, autêntica no seu sentido e na sua realidade, como a presença de uma mulher no dia, com sua máscara e sua alma ferida por tantos descaminhos.
Poemas, poesias