Considerado como um dos Estados brasileiros com maior diversidade mineral, a Bahia se orgulha de produzir rochas, pedras e gemas de todo tipo tanto para o uso industrial quanto para o ornamental. Nessa diversidade deslumbrante, o diamante e sua variante, o carbonato, tem ocupado um lugar de destaque ao longo de séculos desta história de exploração mineral. A saga que se criou em torno desta gema em determinadas partes do estado, deu nome à um vasto território ocupando o sei centro geográfico: a Chapada Diamantina.
Outros minérios considerados menos nobres não tem chamado, por motivos óbvios, a mesma atenção, mas nem por isso merecem o anonimato em que se veem relegados. O quartzo, com sua variedade de cristal de rocha, extraído dos garimpos na região de Brotas de Macaúbas, é um desses. Possui, em comum com os mais badalados, a sina da exploração do ser humano, da agressão ao meioambiente, da violência e da escassez de Políticas Públicas reguladoras e fiscalizadoras. É disso, com prioridade, que se trata neste livro.
Nele, em meio à viagens, reminiscências, vivências que levantam indignação e sugerem cobranças, o autor conclama a sua convicção de que "do local para o universal, das serras isoladas do sertão baiano com seus garimpos de quartzo para o aquecimento global com suas consequências ameaçadoras para o planeta, o entendimento se faz evidente: sem solução para os primeiros, tampouco haverá saída para o segundo. De ponta a ponta, tudo está intimamente ligado através de um perfeito e lógico efeito cascata. São como elos da mesma corrente."
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