Meu nome é André Neto, nasci em Porto Alegre e tenho 31 anos. Os meus amigos do Sarandi (bairro onde me criei) me chamam de Neto. Sou músico, compositor, vocalista e guitarrista da Lítera, apresento o programa web Cozinheiro Amador, canto no projeto Pelo Telephone, faço desenhos, telas, pinto canecas, tiro fotos, canto e escrevo pra todo mundo mas não pra qualquer um.
Talvez eu nunca tenha deixado de ser nada do que já fiz, assim como nem bem sou aquilo que faço agora. Falta alguma coisa que eu ainda não sei bem o que é.
Quando decidi fazer este livro, descobri que eu tinha muita coisa escrita. Lembranças espalhadas que eu não sabia exatamente o que eram. Havia anotações, bilhetes, rascunhos, recados, diário, avisos e afins. Eu precisava dar um nome pra isso tudo, então eu me dei ao capricho de chamar de poesias.
Para aquilo que me falta, o meu tio Carlos usa uma expressão muito boa que gosto de repetir, que é a “sede de infinito”. E pode ser isso mesmo, até que eu descubra o que é tudo aquilo que eu não sei dizer.