Troquei um B*quete por uma Barbie Glitter

Troquei um B*quete por uma Barbie Glitter Juliana Frank


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Talvez não haja símbolo mais ecumênico da futilidade que uma Barbie: a cinturinha de pescoço, as madeixas de poliéster, a inapagável maquiagem de madrinha vulgar e o sorriso ostensivo da burrice, tudo nela evoca uma vida oca e cara, espremida entre espelhos e vitrines. Mas neste romance a boneca mais famosa do Ocidente se debruça, pensativa, sobre a janela de sua mansão de plástico e, entre um gole de vodca com coca-cola e uma baforada de nicotina, vai estourando com a ponta em brasa cada um dos seus fantasmas.

Alternando entre o soft porn e a metafísica, a escrita de Juliana Frank trama sua armadilha: o leitor persegue a sereia até o redemoinho e não percebe quando a realidade começa a girar cada vez mais depressa à sua volta. Vista em sua superfície, esta história é um plano de fuga, mas, à medida que se vai mergulhando nela, as camadas se adensam: uma reflexão política toma forma, um monólogo sobre a solidão despovoa a realidade até ficar o vazio sobre o vazio, uma tristeza silenciada vai infiltrando o riso e o desejo. A graça, a desgraça, tudo é rápido e arrebatador.

Esse vento no rosto que vem com a prosa ágil, urgente, de Juliana Frank dá às vezes a impressão de que estamos de carona, a bordo do conversível da Barbie, descendo sem freio uma ladeira que ninguém sabe onde vai parar.

- Alexandre Arbex

Romance

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Este romance de título hilário marca o retorno de Juliana Frank à literatura, depois do excelente "Uísque e Vergonha", lançado em 2016. A boa notícia é que o hiato sem publicar não parece ter afetado em nada a autora, que mantém o seu divertidíssimo estilo sem-pé-nem-cabeça, repleto de sarcasmo e completamente despudorado. A obra tem como protagonista Jazz Jolie, codinome de uma garota de trinta e poucos anos que passa os seus dias à toa em casa, obcecada em brincar com sua coleção ... leia mais

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Zeka.Sixx
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Zeka.Sixx
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