Tragédia no Brasil

A ficção de futebol é um exercício difícil, especialmente porque a realidade do esporte parece mais interessante do que qualquer história inventada.
Um baú gigantesco de histórias fantásticas de futebol pode ser encontrado nas Copas do Mundo, competição máxima do esporte.
O jornal que dizia que o Brasil era campeão antes da hora, o chileno que só falava inglês, o cinegrafista que perdeu o gol de Obdulio Varela, a seleção mexicana que jogou com o uniforme do Cruzeiro de Porto Alegre.
Essas histórias se transformam em estórias narradas em 22 microcontos em Tragédia no Brasil.
Esses microcontos são um misto de conto e crônica Assim, as fronteiras entre fato e ficção não são postos por uma condição de Realismo Fantástico, mas sim por uma escolha de que “quem conta um conto, aumenta um ponto”.
As histórias aqui, então, são também estórias sobre a Copa do Mundo de Futebol de 1950, realizada entre 24 de junho e 16 de julho daquele ano em seis cidades brasileiras. São elas: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife.
Para fins formais, os microcontos possuem exatas 100 palavras. Esse gênero textual, em língua inglesa, é conhecido como drabble. Isso reforça o exercício criativo posto para (re)contar os 22 jogos que formaram a competição que consagrou o Uruguai como o primeiro bicampeão sul-americano da Copa do Mundo.
Este é o quarto livro de vinte planejados, todos seguindo o mesmo preceito. Seja dentro deste volume, seja no contexto completo das obras, há de se ter um caleidoscópio daquilo que o futebol tem de melhor: suas pequenas histórias.

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