Nos ensaios enfeixados neste volume, Schiller condensou, de certa forma, o pensamento clássico alemão sobre o trágico e, concomitantemente, sobre a posição do homem no universo. O homem vive num mundo fragmentado por antinomias. Estas, porém, por mais irreconciliáveis que pareçam, são superadas numa unidade superior. O universo é uma totalidade significativa em que os nossos atos têm sentido e valor. Foi Schopenhauer quem, em termos filosóficos, abalou até o fundo esta fé. Na sua obra encontramos, talvez pela primeira vez, a formulação sistemática de um mundo absurdo.