Iván Izquierdo pertence a um seleto grupo de cientistas que, além de brilharem em seus campos específicos - no caso de Iván, a neuroquímica, área em que realizou pesquisas pioneiras sobre memória - sabem tornar a ciência humana e humanista. Refiro-me a homens como Lewis Thomas, S.E. Luria, Richard Feynmann e Jean Bernard, que escreveu: "O escritor, o artista inventam. O homem de ciência descobre. A América e a função glicogênica do fígado existiam antes de Cristóvão Colombo e Claude Bernard. A Ilíada, O vermelho e o negro não existiam antes de Homero e Stendhal".
Izquierdo quer que o leitor cresça, adquira densidade ética e intelectual, e aprimore sua receptividade. Quer que as pessoas sejam livres, como ele próprio o é, não se desviando da luz que lhe dirige as investigações, os pensamentos, as emoções.