Tantra no Tibete

Tantra significa, literalmente, "regra" ou "ritual". São certas obras místicas e mágicas. Segundo Râma Prasâd e outros, a linguagem empregada em tais obras é altamente simbólica e as fórmulas de seu credo são pouco mais que expressões algébricas, ainda sem nenhuma chave interpretativa proveitosa. São livros muito instrutivos. Neles se encontra toda a ciência oculta, mas podem dividir-se em três categorias: os que tratam de magia branca, os que versam sobre magia negra e os que descorrem sobre o que se poderia chamar magia gris, uma mescla de uma e outra.

Muito se tem escrito e publicado sobre Tantra, mas, infelizmente, apresentando e explorando mais a sua parte negativa, prejudicial mesmo. Daí as advertências como esta da Dra. Annie Besant em seu livro Introdução ao Ioga: ''Lede os Tantras, se quereis, a título de ensino, mas não os pratiqueis sem uma explicação esclarecedora: vai nisso a saúde de vosso corpo''. Daí por que Sua Santidade o Dalai Lama, Chefe Supremo do Budismo, pediu a Jeffrey Hopkins que traduzisse A Grande Exposição do Mantra Secreto, e o prefaciou para mostrar ao público a parte sadia e elevada do Tantra e sanear, assim, o mal disseminado pelas publicações mórbidas. Daí também por que o próprio autor recomenda a maior seriedade nesse estudo, que será mais útil e assimilável se feito sob a superior orientação de um instrutor autêntico e bem esclarecido.

Este livro, porém, já escoimado de perigos pode ser lido por todos os interessados.

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