Sudoeste

O gemido do carro de boi desbravando o agreste do sertão, fincando marcos, presos ao mesmo engaste do ouro e do diamante, da casa grande e da senzala, sangue e suor fertilizando a terra. Cenas pitorescas compõem o cenário, retomando caminhos misteriosos e altivos, densos de estórias extraordinárias. Rios e colinas, tesouros sem iguais, na terra fixa, maternal e perene. Tardes matizadas, aromas do figo no tacho, do café torrado, sabores da uvaia e pitanga, adoçando lendas cantadas e descritas nas cores vivas e berrantes, na batida dos tambores saudando aos Santos e a Chico Rei, em simbiose perfeita. Sol, Brisa, Poesia e Vida, alma de um povo que se revela no misterioso e intrigante jardim das rosas, nos ipês floridos,na riqueza das águas, espigões e canyons. Escravos, seresteiros, redenção e amizade, escrevendo e descrevendo o Sudoeste das Geraes, uma vírgula no poema do Universo!

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