O livro de Maria Inês Souza Bravo enfoca, de forma direta e exaustiva, como a questão da saúde se inseriu no período histórico que vai do golpe de 1964 à conclusão do que se convencionou chamar de “transição democrática”, detendo-se em particular na atuação – e lacunas – do serviço social dentro das lutas sociais pela democratização dos serviços públicos de saúde.
Recaem nas mãos dos assistentes sociais responsabilidades muito maiores do que aquelas que já desempenhavam quando o déficit social era assumido como tarefa do regime democrático restabelecido. Agora se trata de, com uma das mãos, cumprir as funções profissionais nos pontos em que a sociedade dessangra quando a injustiça foi instaurada como política de Estadoe, como a outra, lutar pelo desmascaramento do consenso neoliberal e pela criação de uma nova hegemonia – popular, democrática, com alma Social.