O século XXI tem sido marcado pelos embates que envolvem a redefinição das identidades, como bem colocado por Stuart Hall em seu A Identidade Cultural na Pós-Modernidade (2005); e a construção delas, consubstanciada pelas ações políticas no âmbito escolar, transformou o processo educacional num palco de querelas políticas e simbólicas. A Escola é o espaço de um conflito que envolve importantes redefinições e, no caso da história, estas se manifestam na acirrada pugna pelo passado, pela autoridade sobre os alicerces, pelo domínio e pela manipulação das noções fundadoras, que embasam e justificam os discursos atuais. Scholae é uma iniciativa, em meio a esse conundrum de ideias, de manifestar a voz ativa daqueles que pensam a História Antiga e a Educação de maneira liberta e independente, para além das classificações epistemológicas usuais que permeiam a formulação de espaços e de limitações. Longe de uma visão tradicionalista e excludente de antiguidade, que pretende arbitrariamente apontar elementos de relevância do passado, os autores dessa coletânea se encontram em meio ao movimento emancipador, representando tendências e iniciativas originais em busca da diversidade de expressões do passado.
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