Sangue, cauim e cerveja

Sangue, cauim e cerveja Sabrina Alvernaz


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Sangue, cauim e cerveja


A metáfora em Jorge Luis Borges à luz do perspectivismo ameríndio




Ao nos debruçarmos sobre o ensaio Las kenningar de Jorge Luis Borges, propomos reflexões acerca desse recurso característico dos poemas medievais islandeses, que é acomodado sob a noção de metáfora. Certo ângulo aberto pelo texto de Borges permite pensar as kenningar de uma forma que é surpreendentemente próxima do perspectivismo descrito pelo antropólogo Viveiros de Castro em suas reflexões sobre a vida e o pensamento ameríndio. Tal afinidade é fomentada por inusitados encontros: se o "sangue", por exemplo, nas kenningar, pode ser "a cerveja dos corvos" para os ameríndios, pode ser "o cauim do jaguar". Destacamos nos dois casos o privilégio de uma perspectiva e a predominância das relações em devir - e isso de um modo que promete subverter o pendor logocêntrico, que tende a permanecer como "matéria velha" em percepções contemporâneas ocidentais sobre a palavra, mesmo entre os mais perseverantes críticos da visão representacionista da linguagem.

Ensaios / Não-ficção

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Juliana_alvernaz
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09/01/2016 18:05:38

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