Rock e Futebol, insuperáveis.
Existem assuntos cujas discussões em torno deles, por mais ridículas que possam parecer, sempre voltam a ocupar espaço na mídia e levam alguns “inocentes” a valorizar e a levar a sério as insipientes e descabidas polêmicas normalmente fabricadas por espertalhões, que visam obter autopromoção por conta da repercussão que possam provocar.
Na área da música é sempre recorrente o aparecimento de falsos profetas que preconizam a morte do Rock como algo inevitável, além daqueles que, por pura ignorância, afirmam de pés juntos que o Rock já morreu, como se arte fosse algo perecível, que pudesse ter um fim como qualquer outro lixo produzido para ser consumido em massa, e que logo apodrece. Mais uma vez algum idiota dotado de uma “brilhante inspiração” resolveu colocar um tema com o título "2012 - The Year Dance Music Killed Rock & Roll" (O ano que a Dance Music matou o Rock & Roll) entre os debates que fizeram parte da programação do festival “South By Southwest”, um evento que acontece no Texas (EUA) e só conseguiu surgir e se manter ativo à custa do Rock, e especialmente do Heavy Metal. Esse tipo de babaquice já foi irritante um dia, mas atualmente é algo apenas cansativo e merece ser ignorado. Portanto, recuso-me a argumentar contra essa inútil excrescência. Aliás, o fato de lembrar-me de ter lido sobre isso, teve uma única utilidade: escrever este editorial relacionando esse papo furado com pelo menos dois outros temas que já chegaram a me causar náuseas, mas agora me fazem rir.
O primeiro deles, e que já dura cerca de cinco décadas, é a grotesca pergunta se alguém é, foi, ou será melhor que Pelé no futebol. Alguém que tenha essa dúvida e tenha idade suficiente para ter tomado conhecimento do que o Eterno Rei fez nesse mundo, só pode ser um desequilibrado mental, e merece compaixão pela terrível doença, ou não passa de um imbecil que quer ser o engraçadinho da turma. Qualquer comparação nesse caso é semelhante às que alguns “gênios” chegaram a fazer com relação ao Beatles sempre que aparecia algum novo grupo fazendo sucesso. Isso aconteceu com os Monkees - criados pela indústria americana com o objetivo de suplantar a popularidade dos Beatles – e o mesmo se deu com David Bowie e o Yes (entre outros) que, quando surgiram, alguns saltitantes membros da ala moderninha e “modista” da mídia britânica se apressaram em dizer que superariam o FabFour.
O outro assunto que já está me fazendo rir de tão burlesco é o grande interesse dos vários “conselheiros do diabo” (esse era o nome de uma das melhores bandas de rock que conheci na adolescência) de mandar o Neymar Jr. para a Europa. Por que esses “caras” não vão dar conselhos para os da sua “tchurma”? São técnicos despeitados, cronistas-torcedores invejosos, ex-jogadores receosos de serem ofuscados, esses todos com diferentes motivações e alguns com interesses inescrupulosos.
Bem, uma coisa é certa: o Rock representa para o mundo da arte o mesmo que o futebol representa para o mundo dos esportes, e são, definitivamente, o gênero musical e a modalidade esportiva que jamais sucumbirão aos predadores.
Airton Diniz
Comunicação / Artes / Biografia, Autobiografia, Memórias / Humor, Comédia