O sexo é algo fundamental. O espaço que lhe damos nas palavras e pensamentos mostra que é uma das nossas principais preocupações. Vemos imagens sexuais em toda parte - um facto que nos diz mais acerca de nós próprios do que acerca do mundo que habitamos. Nada nos dá melhor visão de uma sociedade do que o modo como impulsos sexuais e o amor são tratados na sua arte. As representações quase religiosas da arte primitiva, o prazer livre do Oriente, as pinturas moralizantes da Idade Média, as brincadeiras alegres e irreverentes do século XVIII e as ilustrações românticas do século XIX, todas elas reflectem a filosofia das suas épocas.
Em certa medida, as sociedades mais repressivas proporcionam-nos alguns dos trabalhos mais interessantes e até estimulantes. Quando não é possível admitir abertamente de que é que o quadro realmente se trata, é necessário um profundo conhecimento daquilo a que nós hoje chamamos "linguagem corporal" e "semiótica", de modo a comunicar com sucesso temas tão emotivos como o adultério, a sedução, o namoro, a infidelidade ou o remorso vergonhoso, porque é nas coisas mais insignificantes que a intensidade do sentimento é revelada.
Artes / Sexo e Sexologia