RETRATOS DE ALENQUER

RETRATOS DE ALENQUER é uma obra de saudosismo. Saudades de quem teve que sair de sua cidade natal e enfrentar o mundo. Nada dói mais, nem mesmo a saudade da família, do que a dor de separação da sua cidade. Parece até que, propositalmente, aquelas imagens do momento da saída ficam incólumes, paradas, imaculadas na mente do retirante. E quanto mais o tempo passa, para alguns, mais a dor se intensifica. Para outros é o contrário: quanto mais recente, maior a dor, que se vai passando ao longo do tempo, até desaparecer por completo. Mas que reacende à menor exposição de imagens, principalmente poéticas...
Estes RETRATOS DE ALENQUER essa finalidade: reacender o amor em forma de saudade, ainda que a saudade tenha que escorrer pelos olhos. Afinal, se há saudade é porque o passado foi bom, muito bom, maravilhoso. Ninguém tem saudade do passado ruim, tormentoso. Pode até ter saudades do tempo de dificuldade, para acender no íntimo o sentimento de vitória. Isso também está presente neste livro, presente para o povo amado ximango, que não sai jamais da mente e do coração dos irmãos que tiveram que se ausentar da cidade natal.

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