Quase dormindo de touca

Exuberante, brilhante, provocadora: uma história criada por Tom Robbins, um dos mais inovadores autores contemporâneos. Numa tarde de Quinta-Feira Santa, a Bolsa de Valores americana está em polvorosa com a monumental crise que se instala no mercado de ações. A situação é dramática para Gwendolyn Mati, corretora ambiciosa e ligeiramente incompetente. Diante do que promete ser o pior fim de semana de sua vida, só lhe resta beber um martíni antes de tentar fugir em seu Porsche -- quem nem acabou de pagar --, lamentando não ter enriquecido durante o apogeu dos yuppies na década de 80. Um aflito telefonema de seu namorado interrompe suas lamúrias íntimas: Belford está desesperado pela fuga de seu animal de estimação, um espertíssimo macaco treinado para roubar jóias. Não é esse o único sumiço que irá intrigar Gwen nos loucos dias que está vivendo. Sua melhor amiga, taróloga inspirada, também desaparece -- tarefa difícil para uma mulher de mais de cem quilos. Ao mesmo tempo, um homem recém-chegado de Timbuktu aparece no caminho da corretora, virando sua vida de pernas para o ar antes do amanhecer da segunda-feira. Dono de um estilo inconfundível, Tom Robbins combina os mais variados ingredientes -- tarô, rituais africanos, anfíbios e répteis e teorias sobre a origem do homem -- a personagens apaixonantes e instigantes reflexões sobre as relações humanas. O resultado é um livro vibrante, inteligente e, acima de tudo, muito divertido.