jesscso 01/03/2023
Versus: Desnecessário e razoável
E é chegada a metade do arco. Versus, o quarto capítulo de Lendas do Recomeço, não cumpre o papel esperado mas consegue divertir.
Relendo esse arco percebo que ele cumpre bem seu papel: ser uma farofa de referências geeks para passar o tempo. Infelizmente, o plot da empresa nunca foi o verdadeiro foco, e sim o embate entre os personagens no jogo. O problema é criar todo um suspense pra isso e não conseguir sustentar bem. Neste capítulo, temos pouquíssimas cenas das meninas na empresa. É revelado que os trabalhadores de lá estão exaustos, sem dormir a dias aparentemente. Franja aparece bravo dizendo que elas não deveriam estar lá e é isso. É revelado que a Magali dos dois primeiros capítulos é uma personagem de um jogo, e a verdadeira acaba achando que é outra mulher (o Quim é um pamonha mesmo, tendo ela ali pra conversar e brincando com joguinho). E, embora interessante, é totalmente mal desenvolvido e deslocado com todo o propósito do arco.
Todo o foco vai para o embate entre Cebola e Cascão. É legal, é divertido sim, mas não haviam outros plots a serem melhores trabalhados? Uma história a ser contada? São páginas e diálogos jogados. A sensação que eu tenho é que foi tanto mistério criado pra revelar tudo de uma vez e isso tornou o arco arrastado. Praticamente, nada acontece. Não tem o que comentar porque a história fica estagnada. Agora imagina acompanhar isso por 6 meses? E o gancho é mais insignificante ainda: Toni vai lutar contra Mônica.
Abrindo as one-shots, Lederly retorna novamente em Hora do Ângelo. Ah, que história linda! Jairo arrasou demais em todos os desenhos. É uma das histórias mais bem desenhadas de TMJ. A trama desenrola-se quando Ângelo não é ascendido a arquianjo pela justificativa de ter natureza humana, então ele invade os domínios da Morte para descobrir se já foi humano. É uma one-shot divertida que traz a mitologia celestial e Ângelo de volta para a revista, um grande acerto de Lederly. Uma nova vilã interessante é introduzida: Nefasta, a Vampira. Ela não tem bem um propósito, parece ser má porque quer; creio que se for bem desenvolvida possa ter um foco maior. Gostei de reler, continuo achando o final muito corrido e sem sentido. Lederly escreve bem mas as vezes se perde muito no final da história.
Mallzhen retorna novamente, fechando a edição com No Passinho do Cascão. Vivi para ler e reler Cascão e Dudu sendo tiktokers! O universo de TMJ é uma maravilha mesmo, se reinventa independente da época. Também é interessante ver Cascão, um personagem tão humilde, deixando a fama levar a cabeça. Furo de roteiro ou falha de caráter? O importante é que no final tudo fica bem.
A edição 4 não é uma das minhas favoritas. Tem one-shots agradáveis e um capítulo razoável. A segunda metade da primeira leva da primeira série não me empolga como um todo. Nessa época, o pessoal já tava reclamando pra caramba. Afinal, 4 de meses de história pra não chegar a lugar algum é triste.