Che (Biografia em Quadrinhos)

Che (Biografia em Quadrinhos)




Resenhas - Che (Biografia em Quadrinhos)


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lítio 15/10/2023

"Morrer por um ideal nunca é uma perda"
É um bom quadrinho pra se conhecer mais sobre Ernesto Guevara, homem que foi médico, professor, banqueiro, marido, pai e revolucionário.
É claramente resumido, pois não há como contar, com detalhes, os feitos de Che em apenas noventa páginas. No entanto, o traço dos Breccia já transmite muito da melancolia e peso que foi a vida de Che Guevara, é impactante, sem dúvidas (embora seja difícil de entender alguns quadros, ainda assim conduz sentimentos inexplicáveis). No mais, vale ressaltar a importância histórica dessa obra, tal qual foi perseguida e censurada pelo regime militar.
Mesmo depois de anos, a leitura permanece muito atual. Che vive, como idéia, mesmo após a morte de seu corpo físico. "Seu nome inspira amor e ação." (Héctor Osterheld et al., 1968)
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Leila267 15/07/2023

Muito bom
Uma biografia em quadrinhos, tipo Grafic Novel, confesso que tenho dificuldade com esse tipo de livro, mais gostei muito. Como conheço muito pouco da história de Che Guevara foi excelente pra eu conhecer sua biografia.
" O sangue de Che é mais uma gota no caudaloso rio de sangue derramado na luta contra a fome e os grilhões. Seu nome inspira amor e ação. Pôs de pé as juventudes do mundo, e fez com que elas começassem a andar."
Osterheld et al.
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Shoegayzs 22/05/2023

Che
Achei a leitura bem fluida por ser uma hq, o traço de um dos dois autores não me agradou muito, achei um pouco confuso, porém a história é muito boa, mesmo em poucas páginas conseguem contar toda a vida de Che, e sim, é romantizado, mas é uma graphic novel então né claro que ia ser romantizado, essa edição da comix zone ta linda. é isso.
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Adriano 05/04/2023

"Che" é um quadrinho impressionante e memorável. Ainda que seja estranho acompanhar o ritmo da leitura no início, logo entendemos o brilhantismo de Oesterheld em sua escrita. Os traços de Alberto e Enrique Breccia, por sua vez, casam muito bem com o texto (embora em muitos momentos os desenhos de E. Breccia sejam confusos e estranhos).
É fácil sentir o peso dessa obra, e sua importância histórica.
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Eloah32 26/03/2023

FODA, extremamente foda, amei completamente esse livro!!! Realmente traz a vdd sobre o Che Guevara. Só pela história do livro em si, já deveria ser um motivo para ler esse livro.
luuminyard 27/03/2023minha estante
EU LEMBREI DA PIT




Daniela476 23/02/2023

Impacto
Esse livro sem brincadeira me fez chorar por uma semana, ele é inefável, o traço do autor (ao meu ver) compactua com a melancolia, isso é interessante e passa mais impacto na obra. Enfim, eu gostei e usaria a caneta do MIB para apagar minha mente só para ler como se fosse a primeira vez.
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Mariluce.Cruz 04/02/2023

Quanta disposição em tão poucas páginas, não pude deixar de me emocionar lendo essa belíssima obra.Retrata perfeitamente a luta do Che e sua grandíssima honra,mostrando-se sempre um cidadão justo e disposto a ajudar, tratar,e curar os males causados aos debilitados . Sua luta sempre será lembrada,por meio dessas páginas seu legado se eternizara e servirá de inspiração a todos que se tremem de indignação ao verem uma injustiça.
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sofiwz 09/01/2023

Muito bom!
Não tenho muito o que dizer sobre essa HQ, além de que ela é ótima e as ilustrações são incríveis, e que recomendo que você leia.
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Marcelo Paixão 26/12/2022

Podemos chamar de uma obra prima.
Já tinha ouvido falar muito desse quadrinho, não só pela hostória em si, tudo que envolvia publicação e os escritores. Me satisfez e me instigou a reler o mangáe a procurar uma bibliografia mais densa e conhecer mais está parte da vida dele que foi para o Congone para Bolívia.
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Paulo 22/12/2022

Mais do que como crítico, como professor de História, sei o quanto Ernesto Che Guevara pode ser uma figura que divide opiniões. Mártir, guerrilheiro, idealista, assassino, revolucionário. Um homem que acende nossas paixões, seja amando-o ou odiando-o. Já li algumas matérias sobre o personagem, li duas biografias e artigos sobre o seu papel na Revolução Cubana. Talvez poucas delas tenham conseguido captar o que Oesterheld conseguiu em sua HQ. Che continua vivo e ele deve ser debatido porque ele deixou de ser um homem para se tornar uma ideia. E é isso o que tanto apavora aqueles que oprimem o povo. Independente do que o homem Che possa ter feito em sua vida, e isso sim podemos discutir, argumentar e criticar, mas o seu legado é um legado de luta por direitos, de se levantar contra a opressão. Nessa HQ, o autor vai narrando o quanto o homem progressivamente vai deixando para trás a sua vida e dedicando-se a uma luta que ele sabe ser perdida, mas julga necessária. Oesterheld conclama a todos os leitores que se dispam de seus medos e preconceitos e se tornem agentes da luta contra os poderosos. Afinal, o próprio Oesterheld foi uma vítima dos mesmos pelos exatos mesmos motivos. A pergunta é: terá Oesterheld também sido inspirado pela vida de um homem que deixou de ser um homem para ser uma ideia?

Antes de passar para o roteiro deste que é um dos trabalhos mais brilhantes do quadrinista argentino, não podemos deixar de fora os dois artistas que estão nessa HQ, que não deixam também de serem brilhantes: Alberto e Enrique Breccia. Mais de 80% da HQ é desenhada por Breccia que está no fino de sua arte e a parte final da vida de Che, na Bolívia, fica a cargo de seu filho Enrique. Se o roteiro merece todos os elogios, a arte de Alberto (vou chamá-lo de Alberto com todo o respeito para diferenciá-lo de seu filho, já que ficaria estranho e confuso chamar ambos de Breccia) encanta com o seu domínio absoluto do preto e branco. Talvez seja algo até poético que Alberto domine por completo nessa HQ os elementos de luz e sombras. Em alguns momentos o branco domina todo o quadro, com sutis silhuetas nos mostrando os personagens. Alberto emprega grandes quadros, ora horizontais, ora verticais onde as cenas ganham poder. É maravilhoso ver a imagem de dois guerrilheiros cubanos com Che ao fundo segurando seus longos rifles em plena Sierra Maestra. As sombras das folhas e da relva se confundem com as silhuetas dos homens de armas construindo uma imagem quase abstrata. A típica boina de Che resplandece como algo saído de alguma lenda latina nos mostrando a presença daquele que viria a ser um importante comandante. Em determinados momentos as cenas parecem sujas e desenhadas a carvão; a crueza da vida de pessoas sob o jugo da opressão.

Poderia ficar horas falando da arte de Alberto, mas precisamos também falar de Enrique, seu filho que demonstra já aqui um enorme potencial como desenhista em seu primeiro trabalho. Esse Enrique tem traços daquele Enrique de trabalhos maiores como Alvar Mayor ao lado de seu companheiro Carlos Trillho ou de El Suenero, É aquela arte que passeia pelo sólido ou pelo surrealista na mesma toada. Algumas de suas cenas são macabras como os soldados gargalhando após a captura de Che na Bolívia. Seus rostos achatados e deformados são como uma chacota à luta revolucionária. A sequência de tiros em Yuro chega a ser poética em sua violência: o preto das sombras da selva se confunde com o sangue que espirra dos corpos de Che e de seus companheiros. Se a arte de Alberto brinca com presenças/ausências, a de Enrique é uma moldagem das sombras do cenário.

Antes de iniciarem a história sugiro lerem os dois prefácios escritor por Guilherme Boulos, para a edição brasileira, e a de Enrique Breccia, presente na original. Boulos vai citar a importância da luta e da carreira de Che para a recomposição de forças na América Latina. A necessidade de se levantar diante de uma desigualdade social que cresce ano após ano. Che convivia com a fome, com a miséria. Ele visitou os cantões mais explorados do hemisfério sul como a Guatemala, o Equador, a Venezuela. Vamos colocar isso em perspectiva sobre como era isso no começo do século XX quando nações como essas, assim como Cuba, eram consideradas "repúblicas de bananas". Tudo o que importava era que grandes empresas como a United Fruit Company conseguissem o seu lucro todos os anos com mão-de-obra barata, sem investir no país e mantendo a população na mais absoluta pobreza. Seus administradores viviam vidas abastadas em mansões semelhantes a grandes senhores de engenho em que seus funcionários eram quase escravos. A maior parte da população era analfabeta e não havia a menor perspectiva de ascensão social. Boulos nos traz a imagem de um Che que está presente no coração de cada um daqueles que lutam por dias melhores, que alimentam a esperança de justiça social, de educação para todos. Algo que Oesterheld traz nas linhas de sua HQ através de um roteiro que apresenta um homem que parte em uma missão pela América Latina. Alguém que deixa uma vida como médico que poderia ter sido pacata e sem perigos e troca por um fuzil e um conjunto de ideias.

Se comentei sobre o prefácio de Boulos, por que não falar do escrito por um dos artistas desta HQ, Enrique Breccia? Em seu texto ele fala brevemente de como foi a recepção deste trabalho na Argentina. Ele desmistifica uma ideia que havia se tornado comum de que Oesterheld teria sido perseguido pela ditadura argentina por ter escrito histórias como O Eternauta e Che. Para Enrique, nada disso. Assim como o personagem que ele escreve, Oesterheld era um homem que não poderia assistir calado aquilo que acontecia a seu povo. Assim como Che, ele parte para as linhas de frente, para combater militares que perderam a razão e passaram a atacar o povo ao qual eles deveriam servir. Oesterheld foi morto não porque ele escreveu quadrinhos maravilhosos e sensíveis que versavam sobre justiça social, mas porque ele se colocou como uma voz ativa e direta na luta pela democracia. Essa verve da justiça social está espalhada por toda a HQ onde o autor nos mostra a lama e o sangue por trás da luta guerrilheira. Como foi em Cuba quando os revolucionários conseguiram derrotar os yankees na baía dos Porcos, mas uma vitória que veio acompanhada de um bloqueio continental que dura até os dias de hoje e deixa a ilha em uma situação de carestia. E que mesmo assim se tornou referência em saúde, educação... os herdeiros de Che e Fidel nos mostram que com sangue, suor e lágrimas é possível brilhar na tarde mais escura.

O roteiro de Oesterheld é carregado de poesia. De um lirismo belo e sujo que não teme passar do ponto quando precisa ou ser apaixonado quando a cena requer. As frases são melodiosas e muitas vezes são apenas descrições de sensações. Nem sempre são orações completas, mas percepções do que acontece ao redor ou dos temores dos personagens presentes em cena. Oesteheld brinca com a voz narrativa, ora parecendo ser o próprio Che que nos narra a história, ora parecendo que uma testemunha nos relata os principais momentos de sua vida. Outros momentos, os recordatórios e os balões de diálogo são completamente desnecessários, e o roteirista sai de cena e abre as cortinas para que pai e filho Breccia possam brilhar em cena. Pode ser um momento fugaz ou diversas páginas em que a emoção transborda dos quadros. Podem ser quadros que nos mostram o horror de uma luta desesperada em que o leitor vira o rosto triste ou uma cena melancólica como a de Che refletindo que precisa deixar a família para seguir sua luta em outros lugares.

Aproveitando esse gancho da última frase, Oesterheld humaniza a figura de Che. Ele é um rapaz vindo da Argentina que poderia ter feito diversas escolhas diferentes e ter seguido outros rumos em sua vida. Um homem que foi escravo de sua luta, precisando fazer sacrifícios que para nós seriam impossíveis de serem realizados. Suas escolhas moldaram sua vida. Che era um homem comum, e como tal acertou e errou. No fundo o que Oesterheld queria nos passar era essa visão mais pés no chão sobre a vida do guerrilheiro. Na guerra, sujamos nossas mãos. A luta na selva transformou o outrora médico em um comandante que inspirava milhões. Che foi, é e continuará sendo julgado por suas ações durante os anos de guerrilha, mas isso não tira de perspectiva a essência da mensagem que ele queria deixar a todos aqueles que sofrem com injustiças por todo o mundo. Assim como Karl Marx conclamava em seu icônico Manifesto Comunista, "Trabalhadores do mundo, uni-vos." Somente quando o povo se une é que as mudanças podem ser realizadas. Oesterheld nos mostra um homem destemido, que percebia a gravidade de suas ações, mas entendia que alguma coisa precisava ser feita para que a liberdade pudesse ser realmente alcançada.

É nesses tempos sombrios quando os homens de negócios, os empresários inescrupulosos, os militares autoritários e os homens cruéis desejam obter seus quinhões, é que as palavras de luta social e de defesa da democracia de Che devem ganhar mais espaço. Se um autoritarismo travestido de conservadorismo não estivesse por aí seja no passado ou nos dias de hoje, não haveria a necessidade de homens como ele. A guerrilha só se torna necessária quando homens de bem passam a vender os seus companheiros por uma bolacha. Como a senhora que vende informações de Che na Sierra Maestra por um pouco de dinheiro para colocar à mesa. Quando corações sombrios se espelham na exploração e na extorsão dos ingênuos e inocentes. Essa é uma obra que precisa ser lida e relida diversas vezes para que sua mensagem seja concretada em nossos corações. E viva Che e Oesterheld hoje e sempre!

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Ricardo.Barroso 08/10/2022

Não há como não se comover com a biografia de alguém como Che Guevara. Figura fundamental para o século XX e que continua inspirando todos que querem um mundo sem injustiças.
O estilo de escrita e da arte dessa obra são únicos e a princípio podem parecer confusos. Os fatos se misturam com pensamentos de forma picada e a as imagens, embora realistas e expressivas, são escuras e sem detalhes. A maior parte dos quadros são sobre as guerrilhas que ele liderou, sempre com textos emocionantes. Apesar de muito boa, fica uma vontade de que se aprofundasse mais.
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Rodrigo.Augusto 21/09/2022

Necessário nas escolas, utopicamente falando.
Finalmente lida. No começo é estranho pela narrativa e a escrita dos textos, mas acostuma e mais em diante vai melhorando.
Há quadros confusos, ruins de entender o q tá rolando. Há também quadros lindos e caprichosos.
O texto apesar de ser propositalmente bem picado, com vírgulas, pontuações, ideias e fatos aleatórios, atinge ao objetivo com isso: é bem profundo e provoca uma tensão no que está por vir; a história do Che é obviamente resumida e simplificada no quadrinho, porém uns textos são bem profundos nas ideias, impactantes e bastante reflexivos.
Destaque pro texto de apresentação do Boulos, que contextualiza e faz nos situar legal na história antes de ler, despertando mais o interesse. E como Boulos escreve bem!
Leitura necessária e obrigatória pras escolas.
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Laertte 15/07/2022

Che
Figura controversa, ainda mais nos dias de hoje. Gostei de mais desta HQ, é a primeira vez que leio um texto de Oesterheld e vejo e uma arte do Breccia. Recomendo demais.
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Paulo Habermann 24/06/2022

Uma boa leitura...
Confesso que este quadrinho é meu primeiro contato mais profundo com a história de Che Guevara. Apesar do baixo conhecimento sobre o assunto, esperava algo um pouco mais detalhado nestas páginas. Gosto muito do estilo de escrita de Oesterheld, mas me incomodou um pouco o como tudo parece acontecer rápido demais. Por ser tratar de uma biografia, esperava que se aprofundassem mais em suas passagens e nos acontecimentos marcantes de sua vida. Um erro de expectativa com certeza.
Do mais, a arte de Breccia sempre se mostrando exuberante.

Um bom quadrinho para conhecer um pouco sobre esta importante figura histórica, porém, ao meu ver, deixou um pouco a desejar.
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Antonio.Herdy 25/01/2022

Tudo que Breccia toca vira ouro
É impossível não começar falando sobre a arte de Alberto Breccia, que nesse trabalho é acompanhado por seu filho, Enrique Breccia.

Nessa biografia de Che temos muito contraste entre preto e branco, que é a especialidade de Enrique. A arte é pesada, é visceral, cheia de ranhuras, Breccia pai, como bom expressionista que foi, consegue distorcer a forma não somente em seus desenhos, mas na forma de fazê-los, visto que utilizava de materiais nada convencionais para isso, como por exemplo: navalhas (existem vídeos disso no YouTube).

A arte tras o peso do momento tratado e condiz com a força do roteiro do sempre genial, Hector Oesterheld. Que faz uma bibliografia muito boa sobre a vida dessa figura tão importante para a história mundial e tão polêmica, porque é incrível que ao citar o nome dele, ninguém deixa de se posicionar. Você tem desde os conservadores de direita que automaticamente viram militantes da causa LGBTQIA+ ao dizer: "ele perseguia homossexuais", o que é engraçado pois parece que esquecem que Churchill tratava homossexualidade como doença, e que isso não é ligado a direita ou a esquerda, mas sim a homofobia extremamente presente naquele tempo, mas não vamos entrar nesse mérito. E em contraponto a isso, os defensores do mesmo. Então para além de polêmicas de internet, acredito que a importância desse personagem histórico ninguém pode negar.

Para além do quadrinho em si, acho muito interessante a história que se formou ao redor dele. Como por exemplo a lenda de que Alberto Breccia teria enterrado os originais em seu quintal após Oesterheld ter sido preso e morto, junto das 4 filhas, pelos militares da ditadura Argentina.
Tudo isso engrandece ainda mais a obra.
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