As aventuras de Tintim - A orelha quebrada

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Resenhas - As aventuras de Tintim - A orelha quebrada


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@vaisetratarleitora 30/09/2022

Um pouco abaixo do anterior
Seguindo no meu projeto pessoal de leitura de todos os álbuns de Tintim, chegamos ao sexto, O Ídolo Roubado, publicado no jornal Le Petite Vingtième entre Dezembro de 1935 e Fevereiro de 1937, e publicado no formato de álbum em 1937.

Mais uma vez temos Tintim na América, mas dessa vez na América do Sul, em um país fictício que parece ter traços bem mexicanos (???) mas assim, se em pleno 2022 no auge da era digital boa parte do mundo ainda acha que no Brasil falamos espanhol, consigo perdoar em 1935 o autor achar que os costumes da américa do sul eram mexicanos. Na época a disseminação de informação era bem difícil e conhecer a verdadeira realidade dos países sem nunca ter ido até lá era quase impossível.

De acordo com a resenha do Plano Crítico e da Wikipédia, parece ser consenso que Hergé se inspirou nos países Paraguai e Bolívia para a criação dessa história, contando inclusive de forma fictícia claro, sobre a Guerra do Chaco, que opôs esses dois países entre 1932 e 1935, ou seja, era um fato recente que provavelmente deveria ser citado em algum jornal da época.

O personagem vendedor de armas Basil Bazarov, parece ter sido inspirado em um vendedor de armas real, chamado Basil Zaharoff, a história do explorador Ridgewell que Tintim encontra com os indígenas lembra o o Coronel Percy Fawcett que havia desaparecido na América do Sul em 1935 e rolavam boatos de que teria largado tudo e decidido ficar morando com os indígenas. O desenho do ídolo da história é muito parecido (pra não dizer igual) ao Chimu, um artefato do Peru.

Acho que a história em geral mostra bem como funciona a indústria das guerras e o que países desenvolvidos são capazes de fazer para se apropriar de riquezas em países subdesenvolvidos. Há essa crítica aos Estados Unidos e a Inglaterra.

Até aqui tudo legal, mas assim, rola uma cena de blackface do Tintim em um ponto da história, onde ele se disfarça de um funcionário negro de navio para não ser reconhecido pelos seus perseguidores. Hoje em dia sabemos que essa é uma prática inaceitável, mas naquela época não era assim, na realidade até há bem poucos anos atrás isso não era visto como errado, infelizmente, então dá pra entender que faz parte do contexto da época.

A história em si é interessante, mas sei lá, não me empolgou muito, comparado ao livro anterior achei esse mais fraco, fora uma cena absurda de uma das fugas de Tintim quando um raio explode a casa, ele é jogado pra fora e consegue se levantar rapidamente e fugir correndo.

Resumindo: É bonzinho, mas não muito empolgante.

Sobre a adaptação pra tv, acho que mudaram algumas coisas, pois algumas cenas eu realmente não me lembro e pelas resenhas que vi, parece que mudaram algumas coisas, como algumas lutas e a cena do Tintim bêbado.

Enfim, vale a leitura, mas não é o melhor.
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Luan 25/08/2021

De certa maneira, um história mediana e, em termos narrativos, um pouco parecida com "O lótus azul". Há umas partes bem interessantes e engraçadas, mas ainda não me senti empolgado e satisfeito com as histórias.
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