Dragonero - 3

Dragonero - 3




Resenhas - Dragonero: o caçador de dragões #3


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Lucas Gama 26/06/2022

Isso é muito bom, bixo!
Tem tanta coisa boa aqui, tem magia, tecnologia, orcs, guerreiros e muita ação!

Melhor volume até agora, o ritmo é frenético, acontece bastante coisa e dá pouco tempo pra respiro. Mas entrega tudo muito bem.

A arte é coisa linda, só leiam, galera. Curti demais.
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Henry 26/06/2022

Afinal, quem é a "Senhora das Sombras"?
Esse é o grande questionamento que me faço, apesar de já ter uma boa ideia de quem seja.

Quando eu achei que as histórias não poderiam melhorar, o volume três me surpreendeu: os diálogos permanecem inteligentes, há um debate que discute a relação de poder entre as raças, por exemplo, o que cada raça faria com um poder absoluto. Incrível!

Sem muitos detalhes a acrescentar, dá pra dizer que Dragonero é um pouco mais daquilo que já vimos em filmes ou animações do gênero (o que não quer dizer que seja ruim, muito pelo contrário), mas os personagens nos amarram na história de um jeito que pareça não ser possível largar.

Super recomendo!
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Cristiano.Cruz 14/04/2022

Ápice do arco
Nesta edição a trama desenvolvida por Luca Enoch e Stefano Vietti ganha corpo, coração e chega próximo do desenlace, que promete. Se o leitor chegou neste volume, acredito que ele já esteja fisgado pelo título.
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Paulo 02/12/2021

Dragonero continua em um crescendo perceptível desde a sua primeira edição. Como já disse em outras resenhas, Luca Enoch e Stefano Vietti preferiram um arco de construção mais longa da série, se focando no histórico e nos problemas dos personagens. O que fez das duas primeiras edições mais medianas, acelera mais nessa terceira até chegarmos a um ponto de virada. Já fora dos flashbacks, a narrativa ganhou muito em desenvolvimento e pudemos ver a dinâmica da equipe sendo testada. A arte, pelo visto, não vai conseguir me agradar completamente visto que as maiores qualidades de Matteoni não são completamente aproveitadas. Então, já peço desculpas aos leitores porque devo me repetir em algumas críticas. Vou procurar amenizar apresentando com exemplos o que tenho pontuado.

Então no final da edição passada, vimos como o passado e o presente de Ian se unem nessa trama. A elfa negra Atrea está diretamente ligada à Senhora Sombria, uma figura enigmática que tem ajudado os orcs no fornecimento da lama pírica e de outras armas de destruição em massa. Utilizando-se de pedras que tornam as embarcações invisíveis, a Senhora Sombria emprega traficantes de armas que trazem o contrabando até a ilha dos orcs que as utilizam nas guerras contra os humanos. Ian consegue chegar no território dos Impuros em busca do segredo do suanin, algo que pode ajudar a desvendar o truque da invisibilidade empregado pelos traficantes. Só que o que ele vai encontrar nas profundezas das montanhas de Suprelundar é um desafio terrível que fará Ian, Gmor e Sera revisitarem os seus maiores medos. Por outro lado, Myrva chega à cidade de Suhrendart onde ela conta os desdobramentos de sua investigação para o capitão Khail. Só que a ofensiva contra os orcs pode ser atrasada por conta das decisões de um almirante mais cauteloso que prefere ter certeza do que está realmente enfrentando. Caberá ao grupo de heróis descobrir o que realmente está acontecendo na ilha dos orcs e quem está por trás do fornecimento de armas.

A narrativa nessa terceira edição melhorou demais. O crescendo é perceptível e ficamos conhecendo os vários lados nesse arco narrativo. A gente tem três atos claros que avançam a narrativa rumo ao clímax no próximo volume. De vez em quando o roteiro começa a te jogar informações demais, mas nesse momento aqui achei que isso aconteceu bem menos. Isso porque a narrativa tem um viés mais de planejamento sobre o que vai acontecer a seguir e algumas revelações. Por isso, é natural que seja mais carregada de informações. Mesmo assim Enoch e Vietti conseguem alternar bem entre momentos de ação e de respiro. O leitor vai começando a juntar as peças aqui e já temos uma ideia de quem seja o verdadeiro antagonista aqui. Resta saber como se deu essa mudança e como o personagem chegou até aqui. Os autores fazem isso sem deixar de lado os problemas vividos por Ian e suas dúvidas quanto ao sangue de dragão que tem afetado os seus sentidos. Tudo se encaixa bem.

Pelo jeito serei uma pessoa rabugenta com a arte do Matteoni por muito tempo. Percebo o quanto ele está mais à vontade com o herói, mas parece que o roteiro não está sendo legal com ele para aproveitar os seus pontos fortes. Vou começar pelo que me agradou. Matteoni é muito bom em representar cenas de ação e estabelecer de uma forma coerente as coreografias do que está acontecendo. Seria bem complicado em uma HQ de fantasia com vários combates se o artista não conseguisse entregar bem esse tipo de cena. Algumas cenas são tão bem feitas que a gente se pega fazendo aquele "uuuhhhh" de quanto sentimos o golpe passando por cima de nossas cabeças. Tem uma cena com o Gmor lutando com um orc gigante que me dava apreensão, como se o leitor estivesse no lugar do Gmor. Outro momento muito bom é logo no começo desse volume no combate contra os Impuros. Matteoni consegue alternar bem entre cada herói que está lutando com seu respectivo oponente. Em nenhum momento me senti perdido e as alternâncias equivaliam quase a um filme de ação que sabia como extrair o melhor ângulo.

Ao mesmo tempo Matteoni não consegue entregar boas cenas externas. Somente quando tem algum tipo de construção ou detalhando o interior de um castelo ou de uma casa. Cenas de campos, de florestas ou cenas apenas se concentrando nos personagens não são o seu ponto forte. E esse volume tem uma enormidade dessas cenas, sendo que somente no meio do volume temos alguns momentos na cidade. Algo que me incomoda bastante é quando ele se foca nos rostos dos personagens para precisar demonstrar algum sentimento seja de raiva, de alegria, de espanto ou de medo. As expressões parecem artificiais ou até desfocadas. Por exemplo, a Sera é uma personagem que dá a entender ser uma espécie de adolescente nos padrões élficos. Então é normal que o artista empregue expressões marotas, como uma menina de quinze ou dezoito anos. Só que subitamente a Sera adota umas expressões que destoam daquilo que foi apresentado na página anterior pelo artista, com uma aparência mais velha. Ou o Ian que parece não ter rosto em determinadas cenas. Quando é uma ou duas vezes não incomoda tanto, só que isso acontece bastante, principalmente quando Matteoni precisa trabalhar cenas externas.

Essa é uma edição bastante interessante e ela entra em um debate bom sobre a questão das armas. Algo que os autores já haviam começado a desenvolver no volume anterior e aqui temos isso mais às claras. Em um determinado momento da narrativa Sera critica a necessidade do emprego de armas tão poderosas. Uma arma capaz de queimar e destruir o seu oponente. Quando ela chega na ilha dos orcs e vê o ambiente ao seu redor, a personagem fica nitidamente incomodada porque a natureza havia sido desfigurada com o emprego da lama pírica. Uma arma desumana e que não discerne combatentes ou civis. Me faz lembrar imediatamente das discussões em torno da bomba atômica e a decisão do presidente Truman de jogá-las em Hiroshima e Nagasaki. Gmor questiona o fato de que o grupo parece estar levando a justiça até seus oponentes porque eles são orcs violentos que estão empregando a arma indiscriminadamente. Mas, será que se elas estivessem nas mãos dos humanos o resultado não seria o mesmo? Gmor se lembra de suas experiências com Ian quando Margrave empregava a lama pírica nas tribos de orcs que ficavam próximas aos seus domínios. Na época, Xara, a tecnocrata, defendia a captura da arma para o uso do Império, mas por algum domínio do acaso, toda a missão foi para o espaço e a arma acabou não caindo nas mãos de ninguém. E talvez tenha sido a melhor saída. Algo que Sera defende aqui contra os argumentos de Myrva, irmã de Ian, e uma tecnocrata também. É o tema da ciência sendo empregada para o mal que volta ao debate aqui e vale a pena o leitor atentar aos argumentos empregados por cada lado. E associar ao cenário na Segunda Guerra Mundial: vários cientistas da época eram contra o emprego da bomba e o próprio chefe da missão, o almirante Leahy era contra também (embora fosse minoria). Truman decidiu usar por sua vontade. E deu no que deu.

O grupo parece estar ficando cada vez mais coeso e isso pode ser percebido na forma como eles conseguem se adaptar a vários tipos de situações. Mesmo quando se trata de um plano que certamente não daria certo, como foi no caso da emboscada dos orcs, eles conseguem dar um jeito e trabalhar juntos no improviso. A dinâmica entre Sera e Gmor é muito engraçada, apesar da Sera ser uma pirralha bem complicada de se lidar de vez em quando. Há também a dinâmica entre irmãos e vemos o quanto Ian trabalha a si mesmo para respeitar a independência de Myrva. Ele a entende como uma companheira, e não uma irmãzinha que ele precisa proteger o tempo inteiro. A história ganha muito nesse aspecto e é quase como um grupo de RPG que já possui algumas campanhas juntos. Ian ainda precisa se aceitar melhor em relação aos seus novos poderes, e o fato de ele estar preocupando o grupo é um sinal desse laço que une a todos.

Uma ótima edição no quesito de narrativa com ótimos momentos de ação e algumas revelações perturbadoras que teremos mais detalhes a seguir. A arte ainda não me agrada e parece que esta vai ser a tônica nessa HQ. Principalmente quando a edição parece se focar nas vulnerabilidades do artista ao invés de mostrar sua força. O clímax e desfecho desse arco de histórias vem no próximo volume e convido a todos para discutirmos o que achamos dessas quatro primeiras edições.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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