A psicose não designa o que pode advir em cada um, em cada uma de
nós, na medida em que os desejos são, propriamente falando, loucos? A
perversão, com tanta freqüência nomeada para denunciar os efeitos maléficos
de um ato pretensamente justo e bom, não define o que é a sexualidade
enquanto tal? Quanto à neurose, se ela se perpetua mais do que nunca em sua
vertente obsessiva, pode ainda qualificar a histeria na medida em que esta é
a subversão das identificações normativas com a feminidade ou a virilidade?
Enfim, os testemunhos dos artistas, tais como James Joyce, Marguerite Duras,
Camille Claudel, André Gide, Henry de Montherlant, não tem o que ensinar à
psicanálise?