Com enfoque na questão de gênero, o autor descortina novas maneiras de abordar o passado imperial brasileiro, salientando o fato de que D. Isabel foi uma das somente nove mulheres, em todo o mundo, que ocuparam o posto de autoridade suprema de seus países no século XIX. O estudo de Barman expõe a dimensão da relação entre gênero (a existência como mulher) e poder (o exercício da função de agente) em uma sociedade onde os homens eram a norma e a feminilidade algo incompatível com o exercício do poder, aprofundando a compreensão sobre o funcionamento da sociedade imperial. Temos, assim, não só uma nova visão sobre a herdeira por quase quarenta anos do império brasileiro - o qual governou em três ocasiões -, mas também da cultura (crenças, maneiras de pensar, leis, costumes, convenções e padrões de comportamento) que determinava as relações de poder no Brasil imperial.
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