Estamos sempre correndo e muitas vezes nem sabemos para onde.
É um fato: somos felizes. Existem milhares de detalhes que justificam esta afirmativa. Contudo, martelamos a ganância. Ser feliz é isso? Ora, não posso ser... Afinal, a felicidade nos foi vendida como um conceito muito maior, algo celestialmente incrível e que não pode deixar de ser uma eterna busca. Aí, vivemos na maior parte do tempo infelizes. Nós não sorrimos porque não queremos, porque acreditamos que precisamos de um luto maior que o necessário para cada tropeço, e que a nossa tristeza simboliza uma época que precisa fundamentalmente existir.
A gente só percebe que pode ser feliz quando entende que a felicidade não nos abandona nunca, mesmo quando algo negativo acontece. Ela está ali, tímida e um pouco rouca, mas ainda assim ela vive.
Crônicas / Literatura Brasileira