Em cada verso, em cada estrofe de Terêza Tenório o amor é recriado. POEMACESO é uma incessante busca do amor, uma viagem ao fundo do poço, onde ele vive e desprende seu brilho de lágrima torturante. Tereza vai resgatá-lo das longíquas raízes da infância e, mais precisamente, dos labirínticos túneis com que tece o amado.
O verso elaborado, de forma simples, mas segura, desenrola-se fácil, envolvendo o leitor numa suave atmosfera de sensualidade, como que saída das páginas vias do cântico dos Cânticos: "Longe o universo-flauta sou cativa/ E minha voz flutua sobre as águas. / Renascida em solene movimento/ Me trago como uma flor acesa e áspera."
O clima místico dos poem,as oscila entre o amor intocado, que termina por se transformar numa argila de "cinza e solidão", e om mais terrivelmente manchado, vizinho do desencanto da vida dos que "tomaram arsênico/ em doses homeopáticas..."
Mas, por vezes o amor em POEMACESO, abandona a tranquila tepidez das águas do Éden, para mergulhar inquieto nos desvãos da carne....,
Poemas, poesias