O gesto em pauta é o de desentranhar imagens afetivas, do passado individual e coletivo, da consciência histórica e subjetiva, da oximora esperança do futuro. A uma poesia que acusa a presença colonizadora no norte do Mato Grosso, a autora acrescenta uma esfera pessoal de sua experiência de mulher nos trópicos e poeta em formação a partir da aventura dos brasileiros na conquista do Estado. A colonização não surge, então, a partir de um olhar externo, mas do centro da destruição, de onde parte uma consciência que é ao mesmo tempo subjetiva – de um eu –, mas também objetiva– de uma história.
Poemas, poesias