Plínio, o Jovem

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Plínio, o Jovem #1


Epístolas completas




Se hoje todos somos missivistas, se somos hoje contumazes escritores de mensagens por e-mail e WhatsApp - em geral breves, mas nem sempre -, não será ocioso lembrar que os antigos romanos sentiam a mesma vontade de comunicar-se, que todo dia queriam contar e saber as novidades, que de contínuo desejavam também comentar e fazer a resenha do que havia de novo na vida pública da Cidade, não menos do que na vida privada de amigos e parentes. E eles o faziam, alguns diariamente, por meio de cartas, ou melhor dizendo, de epístolas, que são cartas escritas para ser publicadas. Os dez livros de epístolas de Plínio, o Jovem (62-c. 114 d.C.) –, que ao lado de Cícero (106-43 a.C.) e Sêneca, o Filósofo (c. 4 a.C.-65 d.C.) foi um dos três grandes epistológrafos da antiga Roma – são como que a crônica diária da vida romana por volta de 100 d.C. no esplendoroso tempo do imperador Trajano. Nada escapa ao olhar testemunhal de Plínio, o Jovem, nada é estranho ou alheio a suas epístolas: a erupção do Vesúvio, que destruiu cidades e matou Plínio, o Velho, seu tio; as decisões importantes no Senado; o interrogatório de cristãos presos por causa de sua fé; o assassinato de um senhor pelos escravos, mas também a doença de um parente, a educação de um jovem, a opinião de Plínio sobre a qualidade da poesia e da oratória do tempo e princilpalmente o modo extraordinário como descreve (como quem pinta) a beleza de uma região, de um lago, de uma propriedade, de uma estátua. Nada lhe escapa, nem mesmo a mágoa de não receber mensagens, que registra em bilhetes tão curtos como são hoje os de aplicativo. Os romanos nos legaram magníficos escritores que registraram eventos grandiosos (Cícero, César, Virgílio, Tito Lívio) e legaram igualmente escritores como Plínio, o Jovem, que além de tratar de assuntos maiores, soube, mais do que todos, com muita delicadeza tratar também de assuntos menores e até de coisas pequenas, matéria que nem por isso deixa de importar muito a nosso dia a dia.

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on 26/8/23


A leitura de Plínio é deliciosa, didática e produndamente envolvente! Graças à tradução de João Ângelo, é possível ter acesso ao material que nos elucida muitas dúvidas acerca da vivência dos equestres romanos e suas opiniões acerca de diversos aspectos da vida neste período dos séculos I e II d. C. Aspectos esses que são complementados pelas riquíssimas notas de rodapé. Aguardo ansiosamente o segundo volume!... leia mais

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Fernando
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