Os urubus sem penas

Os urubus sem penas Julio Ramon Ribeyro


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Os urubus sem penas





Quando o sol assoma sobre as colinas, a madrugada chega ao fim. A neblina se dissolveu, as beatas estão mergulhadas no êxtase, os noctívagos dormem, os entregadores já distribuíram os jornais, os operários soem nos andaimes. A luz desvanece o mundo mágico da aurora. Os urubus sem penas regressaram a seu ninho.

Em novembro de 1976, Julio Ramón Ribeyro anotou em seu diário: “Escritor discreto, tímido, laborioso, honesto, exemplar, marginal, intimista, organizado, lúcido: estes são alguns dos adjetivos atribuídos a mim pela crítica. Ninguém jamais me chamou de grande escritor. Porque seguramente não sou um grande escritor”. Talvez essa observação seja parte de um entendimento geral de outro adjetivo muito utilizado para referir-se ao escritor peruano: humilde. Àquela altura, aos 47 anos, entre livros de contos, romances e crônicas, o autor já tinha 13 livros publicados, alguns deles considerados clássicos de sua época, como este Os urubus sem penas, publicado agora pela primeira vez no Brasil. Este é o primeiro livro de Ribeyro, lançado em 1955, em que dá voz aos esquecidos e aos marginalizados. Seus contos exemplificam a dura e pura realidade de milhões de pessoas que residem não apenas no Peru, mas em todo o mundo. A dor, o sofrimento, a miséria e a crueldade que suspiram entre os textos aqui presentes buscam, talvez, nos mostrar o nosso reflexo enquanto seres humanos, mostrar como falhamos e há muito tempo. Uma obra universal que mostra o poder de um maestro da escrita.

Contos / Crônicas / Literatura Estrangeira

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Resenhas para Os urubus sem penas (7)

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8 contos - 2 excelentes
on 23/11/21


Não sou o tipo de pessoa que não gosta de contos. Mas também nem sempre sou arrebatada por eles. Os urubus sem penas é o primeiro livro de Julio Ramón Ribeyro. Os contos foram escritos entre 1953 e 1954, em Paris (todos os contos, trazem, ao final, local e ano). O autor peruano dá visibilidade à classe média e aos pobres de seu país. No primeiro conto, um avô explora seus dois netos. No segundo, a história de um pai e uma filha sozinhos em um cortiço. São meus dois contos preferidos.... leia mais

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