" Desde o início, os leitores de Shorr sabem que a história dos cangaceiros terá um final inevitável. Suave, quase lânguido, mas com um ritmo narrativo profundamente satisfatório, Os últimos dias de Lampião e Maria Bonita é mais uma investigação sobre o amor e a lealdade, sobre a relação de um povo com a sua terra, do que uma história de aventura." The New York Times - Sunday Book Review - 12 de junho de 2015 Ambientado no árido sertão brasileiro, Os últimos dias de Lampião e Maria Bonita é uma ficção histórica baseada no emblemático casal e seu grupo de cangaceiros fora da lei. A obra narra a história verídica desses bandoleiros nômades que dominaram o Nordeste do Brasil entre 1922 a 1938.
Liderados por Lampião e sua personalidade carismática, os roubos que cometiam se justificavam como ajuda aos pobres e oprimidos que os admiravam e temiam. Os cangaceiros exibiam sua aura de poder e invencibilidade com as vitórias constantes nos confrontos violentos com as volantes, como eram conhecidas as forças policiais dos sete estados do sertão. Lampião, o jovem cego de um olho que decidiu vingar o assassinato do pai, demonstrou ser um líder nato, um homem destemido e brilhante estrategista. Em 1925, já comandava o maior grupo de cangaceiros do Brasil. Chamado de o "rei do cangaço", possuía tudo que poderia desejar: inteligência, dinheiro, carisma e sorte. Exceto amor, até encontrar Maria Bonita. Presa em um casamento infeliz quando conheceu Lampião, Maria Bonita não hesitou em partir com ele em uma aventura que a transformou na "rainha dos cangaceiros". Lampião e Maria Bonita, os famosos heróis do sertão, foram, durante anos, os bandidos mais procurados do país.
E ao som de Mulher rendeira, "Tu me ensinas a fazer renda e eu te ensino a namorar", os cangaceiros se deslocavam pelas extensas áreas da região sertaneja, em meio à paisagem de uma beleza agressiva, com seus arbustos de espinhos e cactos. O excelente romance de estreia de Victoria Shorr relata a história do casal, do ponto de vista de Maria Bonita, com momentos que alternam o presente e o passado. O leitor envolve-se nas reflexões e dramas de Maria Bonita diante da vida que escolheu e cujo final estava claro desde o início.
Os últimos dias de Lampião e Maria Bonita descreve a vida breve e o fim trágico do casal no fatídico mês de julho de 1938 em um esconderijo à margem do rio São Francisco, quando, cercados pela polícia, a sorte lendária de Lampião não conseguiu protegê-lo de seu destino.
História do Brasil / Não-ficção