Os think tanks e sua influência na política externa dos EUA

Os think tanks e sua influência na política externa dos EUA Tatiana Teixeira


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Os think tanks e sua influência na política externa dos EUA





Com essa publicação é possível perceber que uma nova geração de analistas que buscam entender os Estados Unidos além do senso comum está surgindo. Em seu texto, a autora aborda um dos mais relevantes, porém menos conhecidos atores da política interna e externa dos Estados Unidos, os Think Tanks (TTs), que podem ser literalmente traduzidos como "reservatórios de idéias". examinando de que forma esses grupos produzem e disseminam idéias e a relevância destas para a formulação de políticas e tomada de decisões. Para entender essas dimensões, ela avalia o lugar das construções e imagens ideológicas no sistema político e as características que o tornam permeável a essa ação dos TTs. Entre os institutos, o caso considerado será o dos grupos de inclinação neoconservadora.
O livro trata do surgimento, da consolidação e da evolução desses grupos e da importância dos TTs para a política externa estadunidense, assim como seu papel, após os atentados terroristas, na consolidação e legitimação do governo George W. Bush.
Os TTs são, como indica o livro, importantes vetores, no período contemporâneo, da criação, expansão e disseminação das idéias associadas aos Estados Unidos, que embasam políticas e atitudes em seu âmbito doméstico e para suas relações internacionais. Resumindo a sua definição, está-se diante de agrupamentos privados que se dedicam a pensar e produzir essas idéias, separados da administração pública, congregando pensadores das mais diversas origens, em especial intelectuais do mundo acadêmico.
São examinados o Project for the New American Century (PNAC), o Heritage Foundation e o American Enterprise Institute (AEI). Além disso, exploram-se as divisões internas entre os neocons e seus diferentes perfis. O texto indica os principais nomes do "movimento", tais como Irving Kristol e William Kristol, no setor acadêmico, e, ou no meio público, como Paul Wolfowitz e Condolleeza Rice, e o próprio presidente George W. Bush, e antecessores, como Ronald Reagan. Tem-se um "quem é quem" e uma apresentação de suas idéias sobre o mundo e a hegemonia dos Estados Unidos.
A autora destaca o processo de disseminação transnacional dos TTs, mas lembra que esses grupos permanecem como um fenômeno típico dos Estados Unidos.
O livro faz uma análise de seu objeto específico (inserindo os TT ) no sistema político e ideológico dos Estados Unidos, sem deixar de lado a evolução estadunidense e as pressões domésticas e internacionais na conformação da identidade daquela nação e na atuação de seus atores públicos e privados. Importante, essa contribuição ajuda a demonstrar que ser "Americanista" não é aderir ao império, ou defendê-lo incondicionalmente, e sim ter o compromisso de refletir e pensar de modo crítico sobre os Estados Unidos.

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