Sem que importe a religião ou mesmo a ausência desta, a Bíblia, principalmente no ocidente, há muito tem estado enraizada em nossa cultura: é fonte de lições, de arquétipos e de histórias. Foi instrumento usado por séculos tanto para salvar quanto condenar.
Todos certamente já ouviram falar de Cristo caminhando sobre as águas revoltas, de Sansão tendo os cabelos cortados por Dalila depois de uma noite de amor, da paciência miraculosa de Jó, de Jonas no ventre da baleia…
No entanto, a Bíblia é uma coleção heterogênea de livros tornados oficiais por decretos. Há muitos, inúmeros relatos não considerados, trazendo versões diferentes dos fatos conhecidos por todos, muitas vezes com visões conflitantes dos documentos tornados canônicos. E, pelo seu potencial controverso, são mantidos distantes do escrutínio público.
São eles, os chamados “livros apócrifos”.
Aceite então o chamado da voz que clama do deserto. Vasculhe conosco as cavernas iluminadas por misteriosas sarças ardentes, quebre os lacres milenares, traga à luz os tesouros antigos, os pergaminhos carcomidos pelo tempo.
Que seja sábia a sua jornada, pois ela não é isenta de riscos; o mundo pode não estar preparado, e todo novo conhecimento traz por definição algum ônus. Afinal, a Arca da Aliança não pode ser manejada imprudentemente por infiéis ou… Deus nos proteja!
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