Os cabeças-de-bagre também merecem o paraíso

"Futebol é emoção. Literatura é arte. Logo, esse livro é futebol-arte.

José Roberto Torero vai à linha de fundo da alma brasileira. Seja no papel de torcedor, jogador ou técnico, o autor mostra que joga - e bem - nas 11 posições. Veste a camisa da boa literatura e deixa a bola rolar macia pelo campo.

Cabeças-de-bagre é um lance antológico. Ou melhor, uma antologia: foram selecionadas cerca de 30 crônicas entre as mais de 350 publicadas na Folha de S. Paulo, na revista Placar e no Jornal da Tarde. A escalação se destaca pela polivalência: há o garoto que vai pela primeira vez ao estádio, o jogo entre o time de Moisés e os egipcios, conselhos para dirigentes corruptos e até um guia de como roer as unhas durante uma partida de futebol.

Torero ainda oferece ao leitor textos inéditos, pequenas pílulas do seu humor ferino, resultado das tabelas entre o real e o imaginário. Joga com a forma, revela sentimentos profundos e emociona. É dar o pontapé inicial e correr para o abraço!"