Orgulho na Rússia

A ficção de futebol é um exercício difícil, especialmente porque a realidade do esporte parece mais interessante do que qualquer história inventada.
Um baú gigantesco de histórias fantásticas de futebol pode ser encontrado nas Copas do Mundo, competição máxima do esporte.
Os inúmeros gols contra. As bolas paradas definidoras. O árbitro de video, o famoso VAR. A Alemanha eliminada após perder para a Coreia do Sul. Os belgas maravilhosos. O “sou lindo” Cristiano Ronaldo. O “Messi tchau”. A alegria da torcida brasileira e seu técnico filósofo.
Essas histórias se transformam em estórias narradas em 64 microcontos em Orgulho na Rússia.
Esses microcontos são um misto de conto e crônica Assim, as fronteiras entre fato e ficção não são postos por uma condição de Realismo Fantástico, mas sim por uma escolha de que “quem conta um conto, aumenta um ponto”.
As histórias aqui, então, são também estórias sobre a Copa do Mundo de Futebol de 2018, realizada entre 14 de junho e 15 de julho daquele ano em onze cidades russas. São elas: Moscou, São Petersburgo, Sochi, Samara, Kazan, Rostov-on-Don, Volgogrado, Nizhny Novgorod, Saransk, Yekaterinburg e Kaliningrado.
Para fins formais, os microcontos possuem exatas 100 palavras. Esse gênero textual, em língua inglesa, é conhecido como drabble. Isso reforça o exercício criativo posto para (re)contar os 64 jogos que formaram a competição que sagrou a França bicampeã graças aos pés de Mbappe, Griezmann e Pogba.
Este é o vigésimo-primeiro livro que segue vinte livros anteriores sobre as Copas passadas, todos seguindo o mesmo preceito. Seja dentro deste volume, seja no contexto completo das obras, há de se ter um caleidoscópio daquilo que o futebol tem de melhor: suas pequenas histórias.

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