Odisseia

Odisseia Homero


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Odisseia





Surgida no século IX a.C., a Odisseia é considerada, isoladamente, a obra mais importante da literatura ocidental. Mãe, com a Ilíada, de todas as narrativas, fundadora da arte de contar histórias, inventora do herói errante, na sua riqueza beberam os mais renomados escritores. Em seus 24 cantos – que na Grécia antiga eram declamados de memória por aedos, que os transmitiam de forma oral –, conta as histórias e aventuras de Odisseu (em latim, Ulisses), após sua participação na Guerra de Troia, na atual Turquia, e as peripécias por que passou ao voltar para casa, na ilha grega de Ítaca, para junto da mulher e do filho.

A primeira parte da epopeia (cantos I a IV) relata a busca de Telêmaco pelo pai, Odisseu, enquanto este vive uma série de aventuras fabulosas pelo caminho, enfrenta inimigos, encontra feiticeiros, ninfas e conhece diversos lugares. A segunda parte da narrativa (cantos V a XII) concentra-se no relato do próprio herói, que conta as próprias desventuras. Ele e seus homens vencem o ciclope Polifemo, visitam o Hades, o mundo subterrâneo, e sobrevivem ao traiçoeiro canto das sereias, entre vários outros perigos. Na terceira e última parte (cantos XIII a XXIV), Odisseu retira-se da corte do rei Alcínoo, em Esquéria, e, com o auxílio da deusa Palas Atena, chega a Ítaca. Agora ele terá de derrotar os pretendentes que o creem morto e que cobiçam Penélope – sua mulher – e seus bens.

Homero, a quem se atribui a Ilíada e a Odisseia, teria nascido perto de Esmirna, no século IX a.C. Pouco se sabe sobre ele. Teria dirigido uma escola de retórica e em seguida viajado por todo o mundo mediterrâneo. Acredita-se que seu falecimento ocorreu na ilha de Ios. Donaldo Schüler, um dos maiores helenistas e tradutores brasileiros, ao verter a obra homérica do original grego para o português, logrou o êxito de manter a sonoridade original, aliando as falas à linguagem coloquial.

A questão homérica, uma das maiores discussões literárias do fim do século XVII, pôs em dúvida a existência de um único poeta para as duas epopeias ou mesmo para cada uma delas, indo até a ideia de “obras anônimas da criatividade popular”. Os progressos arqueológicos, históricos e linguísticos permitiram rejeitar a tese de que a Ilíada e a Odisseia fossem fruto apenas da criação popular do gênio grego, e hoje se vê reforçada a ideia de que Homero partiu de elementos da tradição oral, organizando-os, dando-lhes forma final e complexificando as estratégias narrativas, numa maestria que vem fascinando leitores há milênios.

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A Ilíada (em Forma de Narrativa)

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on 20/2/22


Que livro MARAVILHOSO. Essa edição é a junção dos 3 pockets que a L&PM já tinha lançado. Enquanto na Ilíada a história se dá pelos acontecimentos de Helena, aqui conta as aventuras que Odisseu (sim, não é Ulisses!) passa para retornar à Ítaca, depois do fim da Guerra de Troia. O que me ganhou foram, além do próprio "mito" traduzido do grego, as considerações que o tradutor brilhantemente faz ao revisitar toda história. É uma análise pós-crítica de todas as passagens. Fui induzido a ... leia mais

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Ewerton Pereira
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03/11/2021 20:58:00
Ewerton Pereira
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