De fato fiquei surpreso com a façanha. As portas da velha fábrica estavam abertas e o conjunto de ruínas. Mas havia alí dentro qualquer coisa de imperioso, necessário, convidativo... Era preciso entrar, e entrei, no escuro, sem saber muito bem o que viera fazer. Admitia vagos tormentos, um sentimento de insegurança com a consoladora implicação de que me encontrava às portas de uma grande aventura. Em junho de 1971, eu completava quarenta e quatro anos, idade propícia, em tudo, às empresas atrozes, àquelas que não admitem retorno.
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