“Um dos maiores escritores do século 20, um gênio da criação literária.” – Michel Houellebecq
Desde a publicação de O império do bem, em 1991, o domínio do politicamente correto cresce sem parar. E o homem contemporâneo vive perdido na ditadura dos clichês, no culto da bondade que avança sobre nossas vidas e vai restringindo nossas liberdades.
A tirania hoje é mais perversa porque é exercida em nome do Bem. Como seus predecessores autoritários, monarquias, fascismos e comunismo, esse império nega os direitos básicos de expressão do indivíduo, mas o faz de uma maneira totalmente nova: com um sorriso no rosto e um ar festivo. Não há mais lugar para a razão. Não podemos questionar. Nenhum dogma ou lei são claros. Vamos olhar na sua cara e decidir na hora o que fazer com você! Isto porque no Império do Bem, toda legitimidade vem do coração. Ora, o coração tem razões que a razão ignora. Neste cemitério de inteligência, há apenas uma tábua de salvação: a sátira e o riso.
Teoria desagradável para alguns, quase profética para outros, com este livro, Muray lançou uma luz sobre o mundo três décadas atrás, quando tudo o que previu parecia um olhar pessimista sobre nossas sociedades. O futuro chegou e as profecias se concretizaram. Cabe a nós entendermos todo o processo para tentar impedir o avanço dessa marcha em direção a uma onda cada vez maior do grande e bom autoritarismo.
O AUTOR Ensaísta e romancista francês, PHILIPPE MURAY nasceu em Angers, em 1945. De acordo com o próprio autor, seus pais contribuíram significativamente para a sua educação literária. Estudou humanidades em Paris e, em 1983, lecionou literatura francesa na Universidade de Stanford, na Califórnia. Polemista e satirista de talento, admirador de Balzac, Céline, Bloy, Bernanos e Péguy, criticou o que considerava os absurdos e as anomalias do mundo contemporâneo. Classificado como um antimodernista cultural, entre as suas diversas obras, destacam-se Postérité, On ferme, Exorcismes spirituels, Après l’Histoire, Chers djihadistes e Minimum respect. O Império do Bem é a sua primeira obra publicada no Brasil. Morreu em Paris, em 2 de março de 2006.
Filosofia / Política / Sociologia