A autora foi uma teósofa e psíquica (1851-1927). Ingressou no movimento teosófico, aliando-se a Helena P. Blavatsky e reservando-se uma função essencialmente literária como editora-adjunta da revista Lucifer. Sua produção literária foi abundante mas de valor variado, nela predominando temas ocultistas com forte radicação no misticismo religioso do antigo Egito. De seus livros já publicados em português pela Editôra Pensamento O Despertar, Pelas Portas de Ouro, Luz no Caminho e O Idílio do Lótus Branco. Os dois últimos tornaram-se os mais famosos e estão incorporados à literatura mística mundial, tendo o primeiro merecido uma obra de C. W. Leadbeater e Annie Besant comentando-o exaustivamente, e o segundo, um lúcido comentário do erudito brâmane e teósofo hindu, T. Subba Row, durante algum tempo colaborador da Senhora Blavatsky.
De fato, O IDÍLIO DO LÓTUS BRANCO é profundamente instrutivo. Mostra a crença e o sacerdócio egípcios numa fase em que a antiga e empolgante religião daquele povo havia perdido a sua prístina pureza e degenerado num sistema de culto contaminado e poluído pela magia negra, então inescrupulosamente usada para fins egoístas e imorais. Mas, no fundo, conta uma história verdadeira e ensina uma lição muito nobre e preciosa à Alma envolta nas malhas da grande Ilusão mas sedenta de libertação e Luz. E alcança-as triunfalmente após haver superado as provas e dificuldades que enfrenta todo verdadeiro neófito de todos os tempos. Esse drama é ainda hoje perpetuado sob uma forma ou outra em algumas autênticas Sociedades Secretas ou Iniciáticas; e por isso este livro é um repositório de valiosos ensinos tanto a iniciados como a leigos na matéria.