A violência contra a mulher é tema de pesquisas científicas, políticas públicas e debates acalorados. No Brasil, dados alarmantes comprovam que nem mesmo uma legislação mais dura foi capaz de diminuir crimes como agressão, abuso sexual e feminicídio.
Partindo dessa realidade e de sua prática como analista e mediadora de conflitos, Malvina Muszkat propõe que se repense o fenômeno da violência sob a perspectiva da subjetividade masculina na dinâmica dos relacionamentos, de forma a buscar maneiras mais eficientes de se promover o dialogo e evitar o confronto. Transitando por áreas como antropologia, sociologia, mitologia e psicanálise, Malvina mostra como a imagem da masculinidade foi construída ao longo dos séculos e de que forma os homens foram proibidos de demonstrar seus medos e fraquezas. Diz a autora: "Conseguir sensibilizar os homens no sentido de entender mais a si próprios já me pareceria de grande valor. Abrir portas e janelas que lhes permitam olhar para fora do sistema, na direção da sua singularidade, ainda melhor. Estimulá-los a falar e conseguir libertá-los das engenhocas que os mantêm isolados dos próprios afetos é algo que me soaria magnífico."
Psicologia / Sociologia