O Homem que não Era Maigret

O Homem que não Era Maigret Georges Simenon


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O Homem que não Era Maigret


A vida de Georges Simenon




A vida de Georges Simenon é o sonho de todo biógrafo. Infância pobre na Bélgica; sentimento de rejeição pela mãe, que queria fazê-lo padre; sedução aos doze anos de idade por uma menina três anos mais velha; abandono da escola aos quinze; primeiro emprego de repórter aos dezesseis; órfão de pai e primeiro romance publicado aos dezoito; casamento e ida para Paris aos vinte. Tudo isso acompanhado de muitas bebedeiras, frequência diária a bordéis, amizade com assassinos, suicídio suspeito de amigo e outras peripécias que foram compondo sua visão sombria e amarga do mundo.

Na Paris folle da década de 1920, Simenon, apadrinhado por Colette, desandou a escrever com velocidade espantosa: sessenta contos curtos e três longos em um mês, 44 romancetes populares em um ano, treze romances policiais em dezoito meses. Esse ritmo diminuiu um pouco ao longo do tempo e à medida que o sucesso crescia, mas a prolificidade nunca o abandonou: quando deixou de escrever ficção, produziu 27 obras autobiográficas, em que verdades e mentiras se misturam inextricalmente.

Pode-se pensar que a literatura não deixava tempo para outras coisas: nada mais falso.Simenon tinha uma fome devoradora de sexo, sendo capaz de ir para a cama com quatro mulheres diferentes no mesmo dia. Na verdade não era tão difícil assim, pois duas ou três já viviam em sua casa, em ménages à trois ou à quatre. Para ele, o trabalho era a distração do sexo.

Escrevendo para ganhar dinheiro e exorcizar seus fantasmas, Simenon tornou-se milionário, vendendo 500 milhões de exemplares de seus livros, traduzidos para 55 línguas diferentes, ao mesmo tempo que conquistava a admiração de grandes autores como Céline, Mauriac, Eliot, Henry Miller, George Streiner e Thornton Wider, entre outros. Para André Gide ele era "o maior de todos, o mais autêntico romancista que tivemos na literatura".

Com esse rico material em mãos, Patrick Marnham compõe um retrato completo e complexo do criador de Maigret, fazendo uma triagem rigorosa das muitas fantasias que o biografado escreveu sobre si mesmo, estabelecendo relações criteriosas entre a vida e a ficção atormentada de Simenon e fazendo um relato isento de uma vida que fugiu, de muitas maneiras, aos padrões convencionais de sua época.

Biografia, Autobiografia, Memórias

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