São curiosos os paralelos entre a ficção e a realidade, principalmente, quando se trata de Leonardo da Vinci, um ícone da genialidade. No momento em que surge, no mundo das Artes, a discussão sobre uma suposta obra inédita de Leonardo da Vinci, Felix Richter lança o livro de ficção O conto Azul de Leonardo da Vinci, cuja temática aborda, justamente, o surgimento de um suposto quadro inédito do pintor.
O livro de Richter questiona, através da ficção, os hábitos, as motivações e as verdades de artistas, curadores, jornalistas, críticos, colecionadores, marchands, instituições e de amantes das Artes em geral. Sendo o próprio Richter, além de autor, fotoartista, o livro traz a visão de quem viveu as frustrações e as conquistas do meio das Artes, em que hierarquias, amizades por interesse e regras ocultas convivem, lado a lado, com a infinita liberdade do criativo.
O Conto Azul de Leonardo da Vinci passa, porém, longe de ser uma obra analítica do meio das Artes. Acima de tudo, trata-se de um convite à redenção. Através de um enredo imprevisível, o leitor é conduzido à liberdade azul a que a arte se propõe.