O ato e o fato:o som e a fúria do que se viu no Golpe de 1964

O ato e o fato:o som e a fúria do que se viu no Golpe de 1964 Carlos Heitor Cony


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O ato e o fato:o som e a fúria do que se viu no Golpe de 1964





No prefácio da nona edição de "O ato e o fato", constam as seguintes palavras de Luis Fernando Verissimo: "Hoje, um golpe como o de 1964 parece tão improvável quanto a volta dos bondes à Siquera Campos." Não imaginava Verissimo que, ao escrever esse prefácio para a obra de Cony em 2004, mais uma vez veríamos a palavra "golpe" em discussões inflamadas em mesas de bar ou, como chamamos o boteco da modernidade, em redes sociais. Nós, como que assistindo a um jogo de futebol, acompanhamos a direita e a esquerda política se estranhando nas ruas, se ameaçando na Internet e realizando manobras que assustam. Assim, temos a impressão de que já assistimos essa mesma história antes.

A derrubada do governo de João Goulart instituiu a República Militar no Brasil em 1964, república que bateria de frente com as liberdades democráticas e que viria a impôr um modelo econômico concentrador de rendas e aberto ao capital internacional (norte-americano, para ser mais específico). Em "As Veias Abertas da América Latina", Galeano fala da influência norte-americana na instauração da ditadura no Brasil. Movidos pelo receio de que as medidas dos antigos presidentes transformassem o Brasil em "outra Cuba", os Estados Unidos apoiou um regime que por vinte e um anos traria vida boa para poucos às custas do sacrifício de muitos.

Como aprendemos nas nossas aulas de história, embora ultimamente algumas pessoas tenham apresentado uma amnésia coletiva, nem todos cruzaram os braços e debruçaram-se sobre os parapeitos de suas janelas para tranquilamente verem a banda passar. Dentre os que se utilizaram do poder de suas vozes, algumas até então nunca usadas para fins políticos, estava o escritor e jornalista Carlos Heitor Cony. Após acompanhar de perto a derrubada do governo de Goulart em 13 de abril de 1964, Cony escreveu a crônica "Da salvação da pátria" para o Correio da Manhã, que figuraria entre as pouquíssimas opiniões públicas contrárias ao golpe que se instalava no país.

História / História do Brasil / Não-ficção

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