"Não era muito alto, mas bem distinto. Começava meio baixo, aumentava, de repente era aquele silêncio brutal. Os poucos carros da noite roncavam na distância. Uma ou outra conversa na rua. E se percebia mais aflito o silêncio criado por aquele barulho. Outra vez esse nascia, vinha fundo de um lugar qualquer e então morria. Lembro que minha mãe dava banho no mano pequeno. Parou. Olhou curiosa pros lados e perguntou pro pai o que era aquilo. Ele não sabia, deu de ombro."