Quando a polícia chega atirando, ele não se abala, regista. "Datilógrafo do gueto", apelido dado ao escritor Ferréz, é filho de um motorista e de uma empregada doméstica, considerado um dos expoentes da chamada literatura marginal que rompeu barreiras, sendo hoje estudada em vários países. Seus textos falam de questões que atingem todos nós diante de atos de covardia e coragem. Ninguém é inocente em São Paulo é literatura de alto risco, carregada de realidade, crua, urgente. O autor não vê na literatura apenas uma válvula de escape, ele quer sim, através dela, mudar a realidade em volta.
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