Entre os lugares mais sombrios, o cemitério é o mais medonho deles. O silêncio e a calmaria se fundem com um cenário de abandono adornado por lápides, mausoléus, cruzes, árvores e folhas secas pelo chão. Antro onde os mortos repousam, góticos passeiam, devotos pactuam, fantasmas assombram, vampiros se escondem, zumbis retornam e monstros permeiam. O cemitério é sinônimo de tristeza e sossego, é o fim da jornada para todos nós, a inevitável morada eterna.
Enterrado a sete palmos, o cadáver descansa no mais profundo silêncio. Confinado no interior do seu escuro e inviolável caixão. Sua alma grita, suplica por misericórdia, lamenta-se ao se ver libertando do corpo. Sua carne pálida e fria apodrece servindo de alimento para os vermes que dos seus restos mortais lhe poupam apenas os ossos que, por fim, é corroído pela terra negra e úmida até virar pó. Mas ao mesmo tempo em que se remete ao lado obscuro da vida, o cemitério serve de inspiração para muitos poetas e escritores.
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