O conto de Octavio Aragão reflete bem sua própria trajetória artística, que perpassa as mais variadas mídias. As referências clássicas da sci-fi norte-americana estão lá, mas como brasileiro que é, Aragão confere potência ao seu texto por meio da mistura, extraindo o que há de melhor do imaginário extravagante das HQs — Marv Wolfman e George Perez que o digam — e também de pitadas da boa e velha literatura clássica universal. Há um eco bem claro que reverbera e chega até Dante Alighieri, com sua jornada escaldante em busca de sabedoria e redenção.
Ficção científica