METROPOLE DAS MANDINGAS

METROPOLE DAS MANDINGAS Daniela Buono Calainho


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METROPOLE DAS MANDINGAS


RELIGIOSIDADE NEGRA E INQUISIÇAO PORTUGUESA NO ANTIGO REGIME




É muito bem-vindo este Metrópole das Mandingas, cujo título, por metáfora, resume a novidade da pesquisa: a demonstração de que os cultos e ritos africanos, misturados ao catolicismo, floresceram não só no Brasil, mas no próprio Portugal. Entre os ritos praticados pelos jambacousses, o mais destacado era a mandinga, melhor dizendo, o uso e tráfico da bolsa de mandinga. Originária do reino de Mali, região islamizada, a bolsa era então um saquinho contendo algum versículo do Alcorão. À medida que o uso da bolsa se expandiu no espaço atlântico, foi aumentando de tamanho e diversificando seu conteúdo: lascas de pedras d’ara, balas de chumbo, olho de gato, osso de defunto. Tudo para proteger o corpo, entre outros fins. Não raro continha também uns papelitos com orações a São Marcos. Daniela Calainho examina em detalhe o sincretismo presente na mandinga e noutros ritos. Em sua pesquisa chegou mesmo a encontrar uma bolsa ao vivo, apensa a um processo da Inquisição. Coisa de arrepiar. A Inquisição, como é óbvio, perseguiu muitos mandingueiros. Alguns foram queimados. Mas o melhor do livro é ver de perto a circulação de crenças entre Brasil, Portugal e África. Uma prova de que há séculos os Exus atuavam em vários continentes. Salve!

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