A partir da experiência dos discípulos de Jesus e do movimento de Canudos, o autor propõe uma visão do messianismo a partir das vítimas. Esta proposta considera que o estudo atual do messianismo depara com um verdadeiro e emblemático problema: de acordo com o grupo social é possível desenvolver caminhos messiânicos distintos. Embora tenha sempre predominado entre os estudiosos a idéia de uma messianismo a partir da realidade de pobreza e da busca de superação dos males sociais, existe também a forma de messianismo da classe dominante. Ambas as concepções trabalham com a mesma lógica: o Messias que muda a realidade histórica porque é vitorioso e eficaz.
Sociologia